SIM, qualquer empresa pode participar de qualquer licitação que se encaixe no seu perfil. No caso específico das micro e das pequenas empresas, nas licitações de até R$4,8 milhões, elas têm inclusive tratamento favorecido e diferenciado, conforme determina a Lei Complementar nº 123, de 2006. E mesmo nas licitações de valores acima deste limite, as ME/EPPs podem participar normalmente da disputa, mesmo sem os benefícios da LCP 123.

Sim, existem licitações para todos os ramos de atividades, pois a Administração Pública busca no mercado as diversas soluções de que precisa, para apoiar a execução de suas políticas públicas. Desde a compra de animais vivos para uso em fazendas experimentais de universidades e de drones para uso em fiscalizações, passando pela contratação de serviços veterinários para tratamento de cães de uso policial e serviços de editoração de livros, a Administração pública licita “de alfinete ao foguete”.

SIM, como em toda atividade empresarial. A área de licitações é um ramo de mercado altamente lucrativo, mas tem também os seus riscos, como por exemplo o risco da empresa sofrer punição por condutas praticadas tanto na licitação quanto durante a execução do contrato. Por isso é necessário conhecer muito bem as regras do jogo ou contar com alguém que conheça. E sobre o risco de não receber pelos bens, obras ou serviços executados, a empresa tem garantias legais e contratuais, que possibilitam maior segurança do que um contrato privado proporcionaria.

SIM, é perfeitamente possível que a sua empresa participe de licitações e tenha ótimos resultados com a execução de contratos públicos. Segundo notícia disponível no site do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos - MGI, só em 2025 “o Brasil já movimentou mais de R$320 bilhões em contratações públicas, distribuídas em 300 mil processos de compras”. As fraudes e a corrupção são uma triste realidade, não só na área de licitações, e elas precisam ser denunciadas nos canais competentes, inclusive pelas empresas que atuam nessa área. Mas essa parcela de contratações ilegais que a mídia divulga, são absoluta minoria e não representam a realidade da esmagadora maioria dos casos, onde a contratação é feita seguindo os ditames legais, sem maiores riscos jurídicos para as empresas licitantes ou contratadas.

Apesar de órgão federais, estaduais e municipais praticarem prazos relativamente distintos para a realização de seus pagamento, se compararmos com o prazo médio de pagamento de fornecedores levantados no estudo “INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS: uma análise setorial das empresas de construção civil”, por exemplo, vamos constatar que “ao considerar a média geral de todas as empresas, o tempo médio gira em torno de 190 dias, com ligeiro aumento ao longo dos anos”. Diante disto, os prazos médios de pagamento praticados pela Administração Pública podem ser considerados menores do que no setor privado, pois na Lei nº 8.666, de 1993, por exemplo, o prazo de pagamento deveria ser “não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de adimplemento de cada parcela”, e mesmo que tal legislação já tenha sido revogada, continua sendo um prazo relativamente comum nos contratos regidos pela Lei nº 14.133, de 2021, atualmente vigente.